Santa Bakita

HAGIOGRAFIA JOSEFINA BAKHITA

            Nascida no Sudão em 1869 e morreu em Schio em 1947.  Ainda criança foi raptada e escravizada, recebendo o nome de Bakhita, pois não lembrava seu nome, devido ao trauma causado pelo rapto. O nome significa afortunada. Mesmo assim, foi vendida e comprada várias vezes nos mercados e passou por diversas humilhações e sofrimentos físicos e emocionais da escravidão. Bakhita possuia  144 cicatrizes pelo corpo devido aos maus tratos sofridos diariamente., alem de um leve defeito ao caminhar.Em suas memorias escritas em italiano muitos anos mais tarde ela evoca o momento em que um prato com farinha, um prato com sal e uma navalha foram trazidos por uma mulher, que desenhou padroes em sua pele e entao fez cortes profundos, seguindo as linhas traçadas, aplicando nas feridas sal e farinha para garantir cicatrizes permanentes.Mais de sessenta desses padroes foram cortados em seu peito, barriga e braços.  
            Em Sudão, Bakhita foi comprada por um Cônsul italiano, Calixto Legnani, que a tratou de forma muito diferente da esperada, com afeto e cordilidade, lá, finalmente, encontrou um pouco de paz. Depois de algum tempo o Cônsul necessitou partir para a Itália e Bakhita pediu para ir com ele..
            Chegando em Gênova, ela foi morar com a familia do Sr. Michieli que logo teve uma filha. Bakhita virou babá e amiga desta criança. Logo o Sr. Michieli e sua esposa precisaram se mudar por questões de negócios, mas Bakhita e a criança ficaram com as Irmãs Canossianas. Foi nese momento que ela conheceu Deus.
            Depois de alguns meses recebeu os Sacramentos de Iniciação Cristã e o novo nome de Josefina. Agora Bakhita entendia a trrilha de sua vida e como ela foi conduzida por Deus.
            Quando a Sra. Michieli retornou para buscar a filha, Bakhita manifestou a sua vontade de continuar com as Irmãs Canossianas e servir a Deus. Agora maior de idade, ela aproveitada a liberdade que a lei italiana lhe assegurava.
            Bakhita permaneceu com as Irmãs e tornou-se devota ao Senhor. Foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. Sua voz amável era prazerosa aos pequenos, reconfortante aos pobres e doentes e encorajadoras a todos os que vinham bater à porta do Instituto.
            Tinhas uma inegualavel bondade e desejo de tornar Jesus conhecido. Mesmo na velhice continuou a mostrar sua fé, de bondade e de esperança cristã. Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na Casa de Schio. Lá, onde viveu por muitos anos, todos ainda a chamam de nossa Irmã Morena.


            A Canonização iniciou-se doze anos após a sua morte e no dia 1 de dezembro de 1978, a Igreja emanava o Decreto sobre a heroicidade das suas virtudes.
  

Muitas vezes as vias de Deus são incompreensiveis aos olhos humanos. Mas ele sabe como conduzir as almas e os acontecimentos para realizar Seu plano de amor e salvação.










25.11.2014





Dia 04 de fevereiro de 2006 foi inaugurada a Igreja Santa Josefina Bakhita, a primeira em homenagem à santa, na Cidade de Santos, no Estado de São Paulo, Brasil.
O local escolhido para abrigar o templo é a Rua República Portuguesa, 20, Bairro da Vila Mathias. A cerimônia de inauguração será presidida pelo bispo diocesano dom Jacyr Francisco Braido.
Santa Bakhita, que tem milhares de devotos no Município, era africana, foi escrava e morreu em 8 de fevereiro de 1947, no Instituto Canossiano, na Itália. Ela foi canonizada pelo então papa João Paulo II em 1º de outubro de 2000.
Para que fosse declarada santa, era preciso a comprovação de um milagre e ele aconteceu aqui na Cidade, tanto que a Catedral tem um altar para Santa Bakhita.
O milagre foi a cura de Eva da Costa Onishi, que tinha diabetes. Vinte e quatro horas após invocar a santa e esfregar a imagem (santinho) nas feridas que tinha nas pernas, elas voltaram ao normal, curadas.
O episódio aconteceu em 27 de maio de 1992. As zonas das chagas permaneceram pigmentadas, como que para comprovar tal milagre. “A santa é tão querida que merecia uma igreja em sua homenagem aqui em Santos e é a primeira igreja para ela no Estado. Já são três anos de luta para construirmos”, declarou o padre José Paulo, da Catedral.
A Igreja Santa Josefina Bakhita é uma das comunidades da Catedral e faz parte do projeto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Queremos Ver Jesus – Caminho, Verdade e Vida.

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